sábado, 9 de março de 2019

Biografia - QUEM FOI, QUEM É, O QUE PRETENDE SER


Brasileiro, de Jandaíra/BA; Filho do seu Celinho e Dona Lourdes (os dois in Memoriam), o caçula de uma família de cinco irmãos, onde a música sempre foi valorizada e executada nas refeições, um canto só e uma batucada; são suas recordações mais remotas de sua vida em infância. ZILMÁRIO SANTANA casou-se com a DENISE sua irmã, era crooner (vocalista termo que usamos hoje) dos 'cometas' e 'Unidos em Ritmos', bandas existentes em Estância/SE nos anos 80, personagem de extrema importância na formação e iniciação musical do Cláudio.

Por muitos anos tudo se resumia a assistir bandas de baile que eram verdadeiros shows, com repertório rico e de alto nível que incluía de Rita Lee a Pink Floyd, misturando Gilberto Gil e toda a riqueza da Bossa Nova. Grandes músicos locais desfilavam nesse cenário, os mais marcantes NEGO (baterista), Walter (teclados), os cantores Edner e Adalvenon; na época todos vistos juntos na banda Los Guaranis. Era música real, tocada sem samplers e ou quaisquer artifícios. Os músicos tinham de ser fantásticos pois a maioria não tinha lá muito conhecimento teórico, era tudo à base de pura intuição, enfim arte na sua essência, sem nenhum tipo de cálculos e ou racionalidade, com o calor predominante nas grandes obras de arte. Nas rádios se ouvia DJAVAN, CAETANO VELOSO, EMÍLIO SANTIAGO, HERBET VIANA (Paralamas do Sucesso) e toda a turma do Rock Nacional... Cazuza, Rádio Táxi, Titãs, Roupa nova, etc.…, também havia acesso a trabalhos como de Stevie Wonder, John Lennon e Beatles. O forró aqui do Nordeste era divino, rico culturalmente e expressando com precisão o cotidiano local. Estamos falando dos anos 80 naturalmente. Ter mais idade nesse caso tem lá seus privilégios.

Por conta da consciência prematura da necessidade de encontrar meios de subsistência e os constantes apelos dos familiares para que se dedicasse aos estudos e a ter um bom emprego, Cláudio Vilanova começou como office-boy no Banco do Brasil em Estância e com seu primeiro salário comprou um violão, o melhor que existia na loja. Hoje é bancário, funcionário do BANCO DO ESTADO DE SERGIPE – BANESE, já atuou em várias cidades como Cristinápolis, Umbaúba, Itabaianinha, Estância, Aquidabã, Itaporanga D'Ajuda, Siriri, Santo Amaro das Brotas. Tornou-se muito conhecido nessas cidades já que em muitas delas foi gerente geral, o que lhe proporcionou boas amizades e também grandes conquistas pessoais, como um prêmio em 2003 pelo seu desempenho como gerente - uma viagem a PARIS, FRANÇA, tudo pago: hotel, viagem e despesas diversas.

Anos antes, ironicamente por conta dessa condição de bancário, a música começou a ter um peso maior a partir de 1996. Em 1994 e 1995 houveram demissões em massa nos Bancos. Ali Cláudio viu a necessidade de mergulhar no mundo da música, algo que o MARCOS (Marquinhos seu irmão) já fazia. Sempre de forma cautelar, tentava aprender as nuances do meio, as armadilhas e como inserir suas virtudes e limitações nesse contexto. Cláudio sempre trabalhou sozinho nesse empreendimento, temendo ser desestimulado pelas vozes agourentas presentes, embora em muitos casos bem-intencionadas. Ele nunca estudou música, é intuitivo, mas mantém um elevado respeito por aqueles que muito se dedicaram a absorção de conhecimentos musicais, técnico e operacional, algo que gostaria de ter tido a oportunidade de fazê-lo; elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma música diferenciada.

Até o presente, sua grande realização foi a finalização do seu CD A BELA E A FERA em 2008 com recursos pessoais e algumas modestas doações, anônimas por opção da parte. Toda pessoa com uma forte vocação para arte tem esse sonho, independente da repercussão ou resultados disso. Também foi uma grata surpresa - um processo um tanto curioso.  Em 2003 um CD feito para efeito de trabalhos acadêmicos, em grupo, na faculdade São Luís de França- Aracaju/SE, graduação em administração, período 2003 a 2006; com músicas do seu repertório cotidiano apresentado em barzinhos, o qual não havia nenhuma pretensão a não ser uma boa nota nesse trabalho, disciplina - comunicação e expressão, professor MÁRCIO; que dada a insistência de THÉO, bom amigo de Cláudio, DONO DO ESTÚDIO PLAY em Aracaju para que se melhorasse o trabalho; o que se deu com a inclusão de samplers pelo Jonas Paixão, músico e produtor aqui de Aracaju; isso terminou em um CD intitulado "ESSÊNCIA'. Houve um lançamento na AABB em Estância, com presença de curiosos, parentes e amigos; show de Cláudio;  gerando alguma repercussão a ponto de começar a haver convites para entrevistas em TV’s e rádios da região.  Para Cláudio era embaraçoso ir a TV cantar e apenas reproduzir canções já consagradas de outros artistas. Na véspera de uma dessas entrevistas, lá pelas 1:30 da manhã, saiu a música 'Toda Luz' (faixa 8 do CD). Em seguida veio 'Segredos de um Coração' (faixa 10), 'Alegria de Viver' (3), Pontal é Lindo (11).  Apenas em 2004, passados tantos anos como praticante e apreciador da boa música, descobriu-se o compositor Cláudio Vilanova - acredita-se que ter sido orador público na organização das Testemunhas de Jeová, algo que requer muita leitura e interpretação de texto, tenha ajudado. Em 2005 a música 'SEGREDOS DE UM CORAÇÃO' participa do 1° PRÊMIO BANESE DE MÚSICA. Apesar de não haver interferência alguma, os críticos locais ficaram muito intrigados como um funcionário do Banco venceu a concorrência na fase de inscrições.  A música não passou na primeira eliminatória, inclusive o som na hora da apresentação não funcionou e até hoje ninguém sabe o que houve, pois, o som era e ainda é o melhor do estado.

E assim, com esse fundo de acontecimentos, começa a história do CD 'A BELA E A FERA'. Cláudio dá entrada em estúdio, foram 04 anos de espera, muito amadorismo e decisões equivocadas, mas importantes no descobrimento de como exatamente funcionam os bastidores da música. Apenas em 2008 o CD finalmente pode ser disponibilizado ao público, sendo a internet o meio principal para divulgação, que teve um alcance foi muito especial, pessoas em todo o Brasil possuem esse CD, adquiridos dessa forma.

Como ocorre com todos nós, mas é necessário falar, afim de que não se julgue apenas pelas aparências, há de se relatar as agruras vividas pelo Cláudio nesses mesmos anos, mas vamos a isso de forma bem rápida e suscinta – afinal sofrer apenas uma vez. Um golpe muito duro, a perda da avó NAZINHA, poucos meses depois, sua MÃE LOURDES. Separou-se, casou-se novamente,  sofreu reveses financeiros de muita gravidade. Perdeu a função gerencial no BANCO, achou-se que problemas ocorridos poderiam ter sido evitados por ELE. Gerou mais dois filhos, sendo pai do Vinicius, João Pedro, Tiago e Thaís. Todos os campos de sua vida foram afetados por conta dessas mudanças. A música ficou no último lugar se é que havia algum lugar para ela. Experimentou coisas que nunca antes tinha vivido em termos de angústia e ansiedade. Ainda assim, algumas vitórias alcançadas:  'MUNDO HOSTIL' (faixa 2 do CD  a bela e a fera) participou do SESCANÇÃO/2011, evento em grande estilo, local, luzes, público, som - tudo do bom e do melhor (clique aqui para vê-lo cantando nesse evento). Participa em seguida do lançamento do CD dessa amostra (Ouça como ficou a música no CD). Em 2013, novamente apresenta-se no SESCANÇÃO com a música ‘ESTRELA OU COMETA’ (veja como ficou essa música no CD lançado pelo SESC/SE).

Desde sempre DJAVAN é a sua principal referência musical, apesar de cada vez mais saber que aquela ideia inicial de ser o próprio Djavan é impossível. Questões técnicas como o timbre e alcance da extensão vocal, como era de esperar, é algo inédito e peculiar a cada ser. Sobre isso ele gosta de comentar:

"Todos inicialmente temos um mentor, uma referência. O problema estar em nunca haver um amadurecimento e o entendimento de que todos temos luz própria. Uma bela receita de bolo que a mãe entrega a filha, é de onde tudo começa, o que depois seguirá as inovações e adequações que a filha resolve fazer. Na verdade, o que vale não é quem faz e sim o legado que se deixa para a música, esse é o melhore critério para avaliar o que é bom e o que não é." 

Cada letra de música composta por Cláudio é algo que ele sentiu, que viveu e que furtivamente não conseguiu falar naquele momento. Enfim, não magoe esse amigo, não o maltrate; experiências que lhe marcam são sinais de coisas relevantes a serem abordadas de alguma forma, especialmente pela arte que não se prende a nenhum tipo de censura ou dogma. Aos 50 e poucos anos já significa muito fazer música e gravar com seus companheiros Jonas Paixão, Ivan Soares, Wiliam Gonçalves, Hugo Sam, Junior di Lima, Emanoel Jorge, Rômulo, Robson, Saulo, Rafael Junior e muitos outros com quem ainda não cruzou mas que também brilham através da genialidade que Deus lhes deu com seu instrumento.  Compartilhar ideias com eles, vê-los fazer coisas lindas que transformam uma música em uma espécie de lindo pôr-do-sol;  isso é MUITO, pois passam os anos e aquele momento, aquela energia que brota nunca se apaga na memória e no coração. Como dito em uma das canções dos 'Paralamas do sucesso...'e o que falta cega para o que já se tem'. Que isso nunca ocorra conosco. É preciso o tempo todo notarmos como somos abençoados, por mais que tenhamos algo ainda a faltar.

Infelizmente não é possível produzir, compor e gravar, ao mesmo tempo cuidar das diversas outras atividades familiares e no banco onde trabalha; e ainda assim  ter apresentações em bares, casas de show, etc.., pior ainda turnês. Há ações mais objetivas e que produzem real resultado. Por exemplo, por mais de um ano e meio Cláudio ocupou-se em tocar às sextas, sábados e domingos e hoje lamenta que uma música que ele queria muito terminar, que falava de sua vó Nazinha e seu pai o levarem a mangue seco, Jandaíra/BA; não foi terminada, tampouco gravada para mostrar ao seu pai (falecido recentemente), que certamente ficaria muito orgulhoso e feliz com a menção dele e da sua mãe na música. O Cláudio ele conta uma história recente numa conversa com um músico que insistia em perguntar-lhe se a música ‘NERO’ era DELE e se era ele mesmo quem cantava. A resposta foi interessante e reveladora:

“Sua insistência apenas reforça a minha determinação de focar as coisas ainda mais na composição, produção e gravação de minhas músicas. Ficamos cantantando em bares, muitas vezes sendo mal remunerados, sem atenção e respeito (pelo menos isso é o que parece)  e assim lá se vai um tempão perdido! Agora eu e você aqui, não tem nem quinze minutos e você espantado com minha música. Pense em quanto orgulho sinto de mim por isso. E por ser MINHA A MÚSICA, não dos outros, ela pode e já estar disponível em todo o planeta através do sptofy, itunes, play músic, youtube music, 4shared, soundcloud e outros. E essa é uma alegria que ninguém, ninguém, pode tirar de mim e é eterna, além da minha existência! ”

Assim, nesse ano de 2019 Cláudio retorna ao seu projeto maior que é compor, produzir e gravar. Sabe-se que terá de desdobrar-se ainda mais financeiramente para os gastos dessa produção musical (pagar a músicos e horas de gravação em estúdio). Pensando nisso tem sido muito útil as apresentações no hospital primavera. Eles já há quase dois anos mantêm uma programação de apresentações às sextas das 17:00 às 18:00; que inclui um revezamento entre o Cláudio e o seu irmão Marcos. É música para os internos do hospital e seus familiares e ou acompanhantes. Além de ser uma renda necessária é um momento muito especial. É nítido o ar de surpresa de todos e o encantamento que causa a cada apresentação que o Cláudio faz naquele local. Num jargão popular é 'o encontro da fome com o alimento'.

Todos precisamos saber que é muito caro gravar uma música. Se houvesse shows como o de grandes artistas famosos até que isso seria irrelevante, mas não é o caso no caso do Cláudio. Às vezes se tem as músicas já arranjadas, com roteiro pronto; mas falta o dinheiro para estúdio, técnicos de gravação e músicos. É verdade! Na casa do Cláudio, há um espaço que ele transformou num home estúdio de gravação. Ele também estuda muito o processo de gravação, mixagem e masterização visando até certo ponto ter autonomia pelo menos para uma pré-produção.  Há de se considerar que isso em si já tem um custo mensal referente a conta de luz. Está sendo feito um forte trabalho via internet para disponibilizar meios de angariar recursos financeiros. Suas músicas estão sendo vendidas em todo o mundo via plataformas digitais, já mencionadas. E agora com as lives e mídias sociais haverá tentativas de aproximação e composição de um público específico, pelo menos local, para que exista um apelo para que suas apresentações sejam solicitadas e bem pagas.

 A arte são como flores que embelezam a nossa vida. Alguns nascem nitidamente com o DOM da arte, seja na pintura, na música, no teatro, cinema e o funcionamento para essas coisas existirem e tanto causar êxtase, formam uma cadeia produtiva a qual requer inúmeras categorias de profissionais e custos financeiros. Não se pressupões fazer as coisas sozinho. Há profissionais que nunca são conhecidos do grande público e que são decisivos para o êxito de algumas produções. É preciso valorizar a estes, que ao que se sabe são também artistas e que sacrificam muito do seu tempo nos estudos e experimentos da profissão que escolheram. Assim, os recursos financeiros são a melhor forma de demonstrar esse reconhecimento.  Que você os prestigie e os ame, ainda mais os que lhe estão próximos!

Plataformas digitais para ouvir, comprar e em alguns casos baixar gratuitamente as músicas de Cláudio.:
http://www.deezer.com/track/644151802
https://open.spotify.com/track/2iPTjLYLUjeCQNkPX114HD?si=LjzTh6i_RSyK_fxi4A0Vzw
https://play.google.com/music/m/Bqcg6hsslbtwk3mfuk5a6j56ee4?t=Nero_-_Claudio_Vilanova
https://itunes.apple.com/us/album/nero-single/1455318664?app=itunes&ign-mpt=uo%3D4
https://www.4shared.com/s/fWN2Ao8ma
https://soundcloud.com/claudio-vilanova/nero

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